quinta-feira, 24 de março de 2011



Si lên cio. Matreiro silêncio, chega mansinho pra ferir os ouvidos dos imaturos. “Corre, muda, alcança!” Ele repete com os dentes arregaçados. “Bem, é isso aqui e não aquilo... Tá tudo mesmo tããão errado!” O dono das verdades cruas tem uma mania irritante de fofocar aos quatro ventos sobre cada linha linda do seu rosto, imperfeições das quais eu tanto gosto. Dá um medo, me faz lembrar de você porque me faz lembrar do que eu sou. Funciona como um vácuo negro. E é aí que eu me encontro nuns instantes pra depois negar tudo, nego até o fim. Pego uns tantos livros, engulo umas poucas doses de cachaça e me mantenho alienada, por pura escolha.

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