quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Ode aos bêbados






A embriaguez!  Vontade de ter a verdade escondida nas extremidades dos confins do indivíduo. E ainda tem gente que quer esquecer do último porre, que não era eu... não era eu... não podia ser eu!  Uma ova. Tudo aquilo era mais você do que isso aí sentado na cadeira de escritório com canetinha na mão. Pena que nenhuma garrafa de carreteiro ou carreirinha de pó consegue efeito permanente. Perfeito mesmo seria sentir pra sempre aquele entorpecimento que preenche a gente subitamente, sonho mesmo seria sentir isso tudo vim daqui de dentro. Isso que de quando em quando eu sinto, arrepio, abraço forte pra não me deixar e que vai sem cerimônia... Admiro muito os poucos bêbados inundados de si, portadores de uma sobriedade tal que conseguem penetrar corajosamente nas tais extremidades dos confins do indivíduo sem molhar a língua ou assassinar neurônios.

Um comentário:

Thiago Iglesias disse...

"eu sinto, arrepio, abraço forte pra não me deixar e que vai sem cerimônia" Eu Gosto! muito capricho aqui.. beijos.