segunda-feira, 4 de janeiro de 2010



Frágeis como formigas, feitos de carne,sangue e osso. A percepção de que é possível morrer. Se fossemos imortais seria encarado com maior naturalidade. Mas morrer? Como explicar? Assim sem mais nem menos, parar de existir? Todos os dias, uns nascem e outros acabam. Como as plantas, como os pássaros, como tudo na natureza. Não deixamos de ser animais, mesmo que esqueçamos isso por vezes. Não estamos além da força da natureza, no final, ela nos vence. Nos resta um tempo indeterminado para escolhermos o que fazer. Sim, escolha. Livre arbítrio. Assumir toda a responsabilidade por seus atos e nada de lamentar sobre o que escolheu. Como diria Sartre, até não escolher é uma escolha. Saber que mesmo sua morte depende de sua escolha, ir por aqui e não por ali. Torna os atos bastante valorosos, coisa que não percebemos de fato. Isso faz com que o simples ato de respirar não seja mais importante ou menos importante do que ler,sexo,abraçar ou chorar. Todos tÊm a mesma valia, qualquer um deles pode ser o último ato. E quando sabemos ser o último, tentamos caprichar e o fazemos com intensidade, assim deveria ser tudo na vida, intenso.


Viva. O ar preenche minhas entranhas, oxigena minha alma. Todo o meu corpo pulsa em ritmo harmônico. Sinto-me parte do vento, da terra, da água, do fogo, da vida. Vontade de sentir, sem necessariamente refletir.

Um comentário:

Arnaud S/A disse...

"Que vontade de abraçar o infinito..." ♪

Ei, min... Puta que pariu... Texto do caralho véi, parabéns!
Não vou ficar te elogiando muito mais não, que tá ficando chato já, mas... Ficou muito bom, parabéns mesmo! ;D