domingo, 25 de julho de 2010
Palavras guardadas e encaixotadas:
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Paixão platônica
Nem te conheço e já te adoro,
Não sei como aconteceu, mas isso sempre se passa comigo.
Foi um turbilhão de sensações que entravam em erupção quando você aparecia.
Confesso que não és o único, nunca substime minha capacidade de amar...
Mas te digo que é bom sentir, o que eu já nem sei descrever.
Se for ilusão, que continue sendo mentirinha pra sempre;
afinal, o que seria de nós dois se transpusessemos isso em realidade?
Mais um relacionamento frustrado? Não, obrigada.
Gosto de você assim, sonhando.
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Um arrepio que se perpetua por todo o meu corpo, de poro em poro... até meu sangue correr mais rápido e meu coração palpitar a ponto de pensar que vou ter um enfarte. É isso que sinto ao somente te olhar.
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O que me dói é essa mania de querer ser mais do que sou.
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Estávamos ali, no meio daquela multidão que emanava vida e vício... O vício intrínseco a vida, a vida intrínseca ao vício. No meio de bebarrões, bocas escandalosas, bocas escandolosas escondidas por trás de faces contidas até a droga tomar a ação da própria boca, loucos, amostrados, fãs de Beatles e outros fãs de João do Morro. Estávamos sentados contemplando o silêncio abstrato que esse quadro barulhento produzia em nossos organismos, antes de nos misturarmos a eles, como quem vê um filme e sente vontade de mergulhar na tela e nunca mais pensar na realidade, a famosa e dura realidade. Eis que somos surpreendidos por um velho, que suspendeu seu sábado de Baco para vender aos bacantes, seu produto: poesia de cordel. Arte, alimento da alma tão querida entre aquelas pessoas que procuravam algo, além. Para aqueles que contemplavam seus olhos no espelho a procura de algum resquício de alma, para aqueles que buscam a verdade por trás das verdades... Mas que merda, não encontravam nada além de dúvidas.
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como eu já não conseguia olhar em seus olhos sem denunciar minha alma! E como você também era incapaz! E como nós dois fomos incapazes de realizar o que estaria ou não predestinado, o que nós dois queríamos. Queríamos nos trancar numa sala daquelas e tocar, misturar, alisar, trocar, amassar, comer um ao outro sem restrições. Queríamos que o céu fosse cor-de-rosa e que pudéssemos alguma coisa. Pena que não podemos nada, triste. Agora sei muito bem que não nos veremos mais, que tudo o que passou pela mente não passou pelo tato, que você é casado e conforme as normas da união ocidental, traição é ruim, muito ruim. Sei que foi forte, como um soco, como uma explosão, mas nada aconteceu. Adeus, minha grande paixão de 48 horas.
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DOCES OLHOS DE SHIVA (A alegria de ser uma máquina e fazer bom proveito)
O gosto da música e o cheiro que tem o vermelho.
Sentir:viver.
Correr,cansar,dormir,falar (ai como é bom falar!) abraçar... Melhor.
Areia,eu gosto,eu sinto, eu sou, o todo. Experimentar.
Perceber os grandes presentes que o divino nos deu: os olhos, a boca, o nariz, os ouvidos, o tato... não tem nada melhor, o cérebro e a coragem.
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Não sei em que esquina me perdi, em que rua, em que momento, dia ou hora. Só sei que me perdi, estou infinitamente perdida nas ondas desarmônicas da vida.
A vida é brutal, nós somos brutais, não tem sentido em querer equilibrar. Equilibrar o que afinal? Tudo o que a natureza me ensinou é que desequilíbrio é a harmonia que rege toda ela, um desequilíbrio tão unificado que parece ser tão sólido, tão equilibrado.
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