segunda-feira, 27 de julho de 2009

dia lindo de morrer


O céu é de um azul viril pintando em uma tela sem espaços vazios. O vento é suave e acompanha o vôo dos pássaros que anunciam o brotar de mais um dia nesse mundo sem explicações. As palmeiras balançam suavemente. O sol esquenta a pele afagavelmente. As incertezas vem a sua cabeça. Num dia lindo de morrer, ele não quer pensar em tristeza ou dúvidas existenciais. Quer simplesmente ser.

domingo, 26 de julho de 2009

os enlatados


Minha cabeça complexa cria imagens o tempo todo que nem sempre condizem com a "realidade". Meus medos misturam-se em minhas paixões bem como em minhas alienações quando estou prestes a praticar uma ação, de tal modo que não sei bem ao certo se o que fiz foi fruto de meus mais intensos e puros sentimentos e vontades ou se são coisas enlatadas que foram embutidas aqui dentro ao longo do tempo!

quinta-feira, 23 de julho de 2009

mães sempre ganham!


Uma raiva momentânea e arrebatadora gritava em minha garganta e consumia todo o meu cérebro. Queria jogar aquele celular de toque esganiçado e irritante que ,por alguns instantes, me parecia ser o culpado de todo o meu estresse, no chão. Seria uma sensação sublime, jogar aquele treco com toda a minha força contra os azulejos verdes e vê-lo espatifar-se e enfim, morrer. Seria como uma injeção de anestesia, transferir meus pensamentos nebulosos para um complexo objeto. Não o fiz. O celular era de minha mãe(verdadeira causadora de meu estresse), custou dinheiro e eu não tinha como pagar por outro. Ela iria acentuar minha raiva gritando e me xingando o tempo todo até que isso me levasse a loucura ou a morte. Concluí que seria melhor chorar e escrever.